Fala-barato

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This is not a parrot

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ainda há quem odeie a NATO? Mesmo esta nova NATO 2010-20?

Esta intervenção da Nato na Líbia tinha a novidade de não ser comandada pelos EUA, nem ter tropas invasoras de ocupação. Formou-se um "novo eixo", de responsabilidade principalmente franco-italiana. Aliás como penso que irá acontecer na Síria, para dividir despesas políticas e saldos de guerra, e também sob os auspícios da NATO, mas com o comando da Turquia, que é a única potência bem aceite pelos sírios para intervir no seu território. Por outro lado, serve de bombom para acalmar Erdogan e a sua "quase ditadura" dos reveses ocidentais que tem tido, afirmando-se finalmente como potência regional, pós-Ataturk.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Oposição

O PS ainda existe? Os bons que conheço do PS, estão fechados na sua tenda com vergonha. Cada País tem o PS que merece. Os maus, andam por aí, como os outros. E que os há maus, pois há. Em todos os partidos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Não sou economista.....

Em dia de apresentação do OE 2012 gostava que reflectissem no seguinte:

Neste momento o mais importante é criar condições junto da UE, BCE e FMI para que estes percebam que estamos empenhados em devolver ao país a credibilidade que nos permita recorrer novamente aos mercados com condições sustentáveis para o país.
Só assim podemos depois renegociar prazos com as instituições que nos estão a emprestar o dinheiro para recuperar da situação em que nos encontramos.

E só depois de se fazer essa renegociação será possível pensar em crescimentos económicos.

Por isso vamo-nos deixar de hipocrisias politicas e ajudar o país a recuperar a nossa dignidade.

domingo, 16 de outubro de 2011

Retóricas idiossincráticas

O governo apresentou o Orçamento de Estado para 2012 e os ânimos exaltaram-se. Mais uma vez, como em todas as outras vezes nos últimos dois anos, o povo português, (mal) representado pelas suas elites, deu provas da sua inquestionável falta de bom senso. Os títulos que anunciavam a nossa calamidade multiplicaram-se logo na manhã seguinte. Os arautos da desgraça atiraram farpas ao governo e vaticinaram, mais uma vez, a queda em desgraça do nosso pobre país que há muito se arrasta pelas ruas da amargura e do desespero. Uma realidade cuja certeza nem ao leitor mais desatento escapará. Todavia, o massacre perpetrado pelas sucessivas manchetes sensacionalistas têm apenas um efeito – deprimir de forma mais intensa um povo que há muito se encontra deprimido com o estado a que o Estado chegou.
E na imensidão deste vasto mar de incerteza quanto ao futuro para o qual fomos arrastados pela crise financeira em que estamos mergulhados, existe apenas uma questão premente que me apoquenta o espírito – qual será a real finalidade de tudo isto?
As medidas tomadas são lesivas das legítimas expectativas alimentadas ao longo das últimas décadas, e disso não tenho a menor dúvida. As mesmas medidas são igualmente necessárias para que o nosso país tenha um sopro de esperança em erguer-se desta cratera na qual nos encontramos presos. E nesta dicotomia aparente surge uma outra pergunta – enquanto cidadãos, contribuintes e trabalhadores seremos tão egoístas ao ponto de não perceber que mais vale abdicar de parte do nosso rendimento do que ver mais pessoas iguais a nós caírem nas teias cada vez mais densas do desemprego???
Com muita tristeza minha começo a pensar que sim, que existem pessoas egoístas a esse ponto. Pessoas que não percebem que os “outros”, amanhã, podes ser eles próprios.
Muito elevam o tom de voz, pejado de indignação (parece que a palavra e o sentimento estão na moda), para que uma só pergunta se faça ouvir – será que todo este sacrifício valerá a pena? Gostava de ter a resposta para esta simples pergunta, tão carregada de significado e comoção, mas não tenho. A única coisa que sei é que se não tentarmos, se não dermos todos um pouco mais, esta cratera em que nos encontramos corre o real risco de se tornar um buraco negro, e desses é praticamente impossível escapar.
Valerá a pena? Não sei. Mas quero muito acreditar que valerá a pena tentar.

Sinais

Podem dizer o que quiserem, especialmente depois da tristeza que vi hoje no "eixo do mal", mas este é um sinal que eu não me lembro de nenhum alto cargo da Nação ter dado desde o 25A.

sábado, 15 de outubro de 2011

Indignação a sério!!!

Nos últimos três meses falou-se, especulou-se e disparatou-se muito sobre as chamadas “secretas”. Nos últimos três meses muitas foram as páginas de jornal que se encheram de palavras de acusação em relação aos casos das “secretas”. Nos últimos meses chamaram-se à Assembleia da República responsáveis e irresponsáveis envolvidos neste triste e vergonhoso escândalo mediático.
Os jornais venderam de sobremaneira. Toda a gente tinha uma opinião sobre o assunto, mesmo que não fizesse a mínima ideia do que estava a falar. E a celeuma foi aumentando de intensidade e fazendo cada vez mais estragos à sua passagem.
E nesta tourada à portuguesa ninguém que lembrou das dezenas de pessoas que 24horas por dia, 365 dias por ano (366 nos anos bissextos) prestam um verdadeiro serviço patriótico ao nosso país. Dezenas de pessoas cuja única missão e finalidade é servir Portugal e ajudar-nos a ter um país mais seguro. Dezenas de pessoas cujo reconhecimento passa pela ausência de qualquer tipo de menção nas páginas dos jornais. Dezenas de pessoas que dão tudo o que podem e o que não podem para servir um país, um povo, que nos últimos meses por elas apenas demonstrou uma enorme falta de respeito e desconsideração.
Isto sim é motivo de indignação!!! Haja vergonha, e já agora um bocadinho de respeito e bom senso, meus senhores!!!

Ouve-se lá fora:"-O Povo unido jamais será vencido". Eu pergunto,qual Povo?

Uma das peguntas mais frequentes feita pelos repórteres em directo, é se o entrevistado costuma vir a manifestações. Da amostra aleatória, vem sempre a mesma resposta: "Sim".  Um protesto que em Portugal se revela com números muito inferiores aos da manifestação de 12 de Março, a da chamada "Geração à Rasca".  Uma manifestação "pacífica, laica e apartidária" que o é só no papel, e que por isso mesmo, não representa o "Povo".

Indignado?Eu?

Não estou, ao contrário do que seria de esperar, indignado com as medidas de austeridade.

Os indignados de hoje são os mesmos que nos últimos 15 anos acreditaram na estratégia de marketing de um partido, que contra todos os que alertavam para o caos da divida pública, resolvia gastar o que não tinha e não podia.

Os indignados de hoje são os que nos últimos 6 anos abanaram com a cabeça em sentido vertical acompanhados por um (ou vários) "muito bem!!", quando o governo anterior teimava em caminhar para o abismo.

Os indignados de hoje são os que durante o mandato do mesmo Governo estiveram calados, como Seguro e companhia limitada, não tendo nenhum deles mostrado a sua indignação para o rumo que o país seguia.

Estes e os que votaram no PS nos últimos anos são os indignados de hoje e como já li hoje a respeito dos mesmos, só lhes posso dizer: TENHAM VERGONHA!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Advogado do diabo: uma visão sobre as medidas do Governo, de uma Oposição que não existe

Impunha-se que não se tirasse por tirar. Ou só porque tem que ser. Se eu fosse Oposição diria que, já que o Governo tem tanta confiança nas medidas tomadas agora, por que não trocar o Subsídio de Férias e o de Natal, por Obrigações do Tesouro, ou qualquer outro título da Dívida Pública? E com juros.Trocava o esforço actual de não ir de férias, ou de não consumir em 2012, pela certeza de que as medidas agora tomadas são as correctas, num prazo mais ou menos razoável. Isso seria fazer política séria, daria ao Povo alguma credibilidade e confiança nos que o governam. Por outro lado daria algumas garantias que não era um acto inconstitucional, bem como aumentava a quota da responsabilidade da Dívida Pública em mãos portuguesas, e não tão exposta a interesses externos de mercados ou outros agentes especuladores. Assim, não.