Vem este meu desabafo no seguimento das noticias que hoje davam como suspensa uma promessa que o actual Governo fez durante a campanha eleitoral, no caso da atribuição de um prémio aos melhores alunos do ensino secundário.
É óbvio que ninguém gosta de ver suspensos prémios a jovens que se esforçam por obter melhores resultados. Notem que não estou a dizer que se esforçam por aprender mais. É propositada esta diferenciação, pois nos últimos anos eram premidados os resultados e não o nível de sabedoria efectiva que cada um destes alunos adquiriu ou adquire.
Daí a minha satisfação por ouvir o Ministro da Educação ao falar de exigência no ensino.
Voltando ao tema das promessas, mais uma vez fica patente que é impossível continuarmos a fazer campanhas eleitorais fazendo promessas que não se sabe se se vão poder implementar.
Os eleitores parece que gostam de ouvir que o partido A ou B vai realizar promessas que lhes soam bem ao ouvido, e os partidos acham que devem comunicar esses "sound-bites" pois acreditam que serão esses que lhes garantem a eleição.
Mais uma vez fica provado que é o caminho errado, se tivermos em conta principios como a seriedade, a ética e a responsabilidade.
E este caminho é errado quer para os partidos e para os seus líderes, que se descredibilizam fortemente e é errado para os eleitores pois continuam a pensar e a decidir o seu voto tendo por base uma realidade que só existe na cabeça dos líderes partidários.
E a provar que o caminho das promessas megalómanas em campanha não é o correcto, é o facto de que o Governo estar a implementar medidas duras, e as sondagens dão ao partido que apoia o Governo um valor superior ao obtido nas eleições. Até a credibilidade do PM actual é mais elevada do que quando era líder da oposição.
Há meses que estamos a receber sinais que financeiramente estamos a bater no fundo e como tal não me choca que medidas como esta sejam suspensas ainda antes de serem implementadas.
Choca-me que o partido que hoje governa tenha feito uma campanha em que o grosso das promessas não esteja a ser cumpridas, em especial as financeiras, e choca-me ainda mais que o partido agora na oposição tenha feito uma campanha em que transmitiu que Portugal estava numa situação que manifestamente só exisitia na cabeça do Eng. Sócrates.
Quanto aos primeiros, até percebo que não sabendo qual era a real situação económica do país possa ter ido além do que deviam em termos de promessas, não desculpo o antigo Primeiro Ministro que sabendo o que sabia tentou enganar deliberadamente os eleitores.
Espero que ambos tenham aprendido a lição e que em eleições futuras se coibam de fazer promessas que não têm 100% certeza poderem realizar.
Eu agradeço e tenho a certeza que a grande maioria dos eleitores também.
Sem comentários:
Enviar um comentário