Fala-barato

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This is not a parrot

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Heródoto

"Era preciso estabelecer uma forma de governo que
conservasse a igualdade de todos os cidadãos, este direito
precioso que todos os homens trazem de nascença. Mas isso não
era possível em uma cidade dividida em facções, onde os
cidadãos imaginavam ter, por seu nascimento e por suas
riquezas, o privilégio de governar, e excluir de honras a classe
média, ou mesmo de vexá-la. A aristocracia, a pior espécie de
todos os governos, era seu ídolo favorito. Não fora o amor pela
liberdade que os havia armado contra o tirano, mas o desejo de
se atribuir sua autoridade e de reinar com o mesmo despotismo.
A classe média e o povo, que tinham tido pouca coisa a
reclamar do tirano, acreditaram ter perdido com a troca, vendo o
governo nas mãos de um pequeno número de cidadãos dos
quais era preciso absorver a avidez, temer os caprichos e
mesmo as suspeitas. Heródoto tornou-se odioso a uns e a outros:
a uns porque o viam como o autor de uma revolução que se
mostrara desvantajosa para eles; a outros porque o viam como
um ardente defensor da democracia." in HERÓDOTO
(484 A.C. - 425 A.C.)
Traduzido do grego por
Pierre Henri Larcher
(1726 D.C. - 1812 D.C.)
Fontes digitais desta edição
Digitalização do livro em papel
Volumes XXIII e XXIV
Clássicos Jackson
W. M. Jackson Inc.,Rio, 1950
Versão para o português de
J. Brito Broca

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