Fala-barato

Fala-barato
This is not a parrot

domingo, 29 de maio de 2011

Genesis do Fala-barato

Resolvi fazer um Blog. Algumas pessoas disseram-me para o fazer. Pretende ser uma visão global do que se passa por aí, numa perspectiva de valores demoliberais e cristãos. Para já é uma Monarquia Absoluta, porque acima de mim só Deus pode mandar aqui. Por isso e enquanto este blog existir,ele vai tentar embarcar numa viagem a partir desse "Ancien Régime", em que "L`etat c`est moi", numa evolução histórica, e que por mérito dos participantes que forem eleitos por mim inicialmente, e mais tarde por esse colégio que se for formando, se vai instituindo numa transição à Democracia. Como se fosse uma amostra de uma sociedade imaginária e virtual, que percorre o seu caminho ao sabor das opiniões e pela força do maior valor que existe na sociedade, o capital humano, e toma decisões, mais ou menos democráticas. Portanto, e nesta fase inicial estamos num estado virtual despótico, em que eu represento o tirano, e pretende-se chegar em mais ou menos tempo a uma Democracia Liberal. Ou não. O sistema só pode evoluir, se eu permitir que entrem nele mais elementos válidos. Só haverá novas admissões quando eu entender, e por agora não vou fazer convites. Haverá uma hierarquia, órgãos de soberania e tudo a que eles subjaz. O mérito deles e a minha fraqueza crescente obrigará a nomeações. Como experiência irei deixá-la fluir e adaptar-se às realidades. Porque apesar de caminhar para um modelo, eu terei sempre aquele magnífico poder de veto, o de acabar com tudo. Veremos no que vai dar. Se der.

2 comentários:

Gabriel Maria disse...

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer

Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.

Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo

Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.

Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.

António Lobo Antunes - (Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)

Manuel Torres disse...

Finalmente um Blog. Parabéns companheiro !